quarta-feira, 4 de maio de 2016

O relógio de Janot

Pelo momento em que acontecem, as denúncias oferecidas ontem pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, ao STF contra 33 pessoas têm alguns objetivos claros e outros ainda enigmáticos.
O acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral, base principal das denúncias, foi firmado com a Procuradoria Geral da República  pouco antes de ele deixar a prisão, em 19 de fevereiro, lá se vão mais de dois meses. O procurador teve tempo para examinar a peça. Esperou até ontem, mas não pôde esperar mais uma semana para oferecer as denúncias. Seu relógio forçou a coincidência com os dias cruciais que antecedem a votação da abertura do processo de impeachment. Com o pedido para investigar Dilma, não divulgado pelo STF, ele jogou a pá de cal que faltava ao processo...

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